Patologias e tratamentos
Alergia Ocular
A alergia é a reação exacerbada do sistema imunológico do organismo a substâncias irritantes, chamadas de alérgenos, como ácaros, poeira, fumaça, pólen, mofo, pelo de animais, alimentos, cosméticos (maquiagens, perfumes, sabonetes etc.), lentes de contato, produtos de limpeza, inseticidas, agrotóxicos, tintas, solventes, dentre várias outras.
Alergia ocular é o termo utilizado para descrever os vários tipos de alergia que acometem a superfície ocular e as pálpebras e atinge cerca de 20% da população mundial, ou seja, 1 em cada 5 pessoas.
Qualquer pessoa pode desenvolver uma alergia ocular, mas pacientes com rinite alérgica, asma, alergias de pele ou outros tipos de alergia apresentam mais chances de ter alergias oculares.
Os sinais e sintomas mais comuns são coceira (prurido), vermelhidão (hiperemia) ocular, lacrimejamento, ardência nos olhos, sensibilidade à luz e inchaço (edema) nas pálpebras.
Existem diferentes tipos de reação alérgica e diferentes manifestações da alergia ocular. Não são contagiosas. E o diagnóstico e o tratamento de cada forma são feitos pelo oftalmologista. É fundamental não coçar os olhos. Isso pode levar a traumas, infecções e piora do quadro de alergia ocular.
Alergia não tem cura, mas tem controle. E, se não tratada adequadamente, pode levar a cicatrizes na córnea e outras alterações oculares e a baixa visão, temporária ou permanente. Por isso, o diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento corretos com o oftalmologista são essenciais.
Além disso, pode ser recomendado um acompanhamento multidisciplinar, que envolve médicos alergistas ou imunologistas, otorrinolaringologistas, dermatologistas, conforme as demais formas de alergia associadas.
Catarata
A catarata é uma doença causada pela perda de transparência do cristalino, lente natural do olho, muito importante para uma boa visão. O processo natural do envelhecimento ocasiona a progressiva opacidade e endurecimento do cristalino, assim os raios luminosos não conseguem atingir plenamente a retina, causando embaçamento visual. A evolução costuma ser lenta e a doença pode afetar primeiro um dos olhos e só mais tarde o outro.
A principal causa da catarata é o envelhecimento. Mas pode também ocorrer secundária a trauma ocular, uso de medicamentos como corticoides, inflamações intraoculares, ou ao nascimento, chamada catarata congênita.
Os sintomas são: visão nebulosa, enxergar brilhos e halos, sensibilidade a luz, dificuldade para ler, dirigir, Visão dupla, podendo evoluir para visão de vultos e até cegueira.
O diagnóstico é feito pelo exame oftalmológico minucioso feito por um médico oftalmologista.
O único tratamento para catarata é a cirurgia. É uma cirurgia feita sob anestesia local, em que o cristalino danificado é substituído por uma lente artificial que recupera a função perdida. É possível implantar lentes especiais que permitem eliminar ou diminuir a dependência de óculos para longe e, em alguns casos, os óculos para perto.
Descolamento de Retina
O descolamento de retina (DR) é uma afecção ocular grave que ocorre quando há a separação entre a retina neurossensorial e o epitélio pigmentar da retina. Essa separação leva à interrupção do suprimento de nutrientes para a retina podendo levar à morte celular e sequela visual permanente. Sendo assim, o descolamento de retina é considerado uma emergência oftalmológica e deve ser tratado rapidamente.
O descolamento de retina pode ser regmatogênico, exsudativo ou tracional e pode ser acompanhado de hemorragia vítrea.
As principais causas são: descolamento do vítreo posterior, alta miopia, trauma, diabetes, doenças inflamatórias e tumores, mas também podem ocorrer sem alterações associadas.
Os sintomas do descolamento de retina podem ser moscas volantes (miodopsias), flashes de luz (fotopsias), teias de aranhas, que flutuam e interferem na visão, embaçamento visual, observação de cortina escura flutuante no campo visual.
O diagnóstico é feito por meio do mapeamento de retina e pode ser realizada ultrassonografia em caso de necessidade.
O tratamento do descolamento pode ser feito por meio da fotocoagulação a laser e criopexia em casos selecionados. Se descolamento for mais extenso, o tratamento é cirúrgico, por meio da vitrectomia posterior e/ou introflexão escleral, com uso associado de gás ou óleo de silicone de acordo com a necessidade.
O olho contralateral deve ser avaliado de forma minuciosa e o acompanhamento desses pacientes deve ser criterioso devido ao risco de recorrência.
Glaucoma
Glaucoma é uma doença ocular que provoca lesões no nervo óptico e, como consequência, comprometimento visual. Não tem causa bem definida, mas o principal fator de risco é a elevação da pressão intraocular.
Os fatores de risco são: hipertensão arterial, diabetes e história de glaucoma na família (hereditariedade). É mais comum em pessoas de pele negra e pessoas acima dos 40 anos.
Os tipos de glaucoma são:
● Glaucoma primário de ângulo aberto (mais comum)
● Glaucoma primário de ângulo fechado
● Glaucoma de pressão normal
● Glaucoma congênito (forma mais rara) acomete os bebês
● Glaucoma secundário, decorrente de enfermidades como uveíte, catarata e trauma.
A doença costuma ser assintomática no início. A perda visual só ocorre em fases mais avançadas e se não for tratada adequadamente, o glaucoma pode levar à cegueira.
O tratamento é clínico, à base de colírios e contínuo. Pode ser necessário o uso de medicamento oral de forma emergencial. A cirurgia pode ser uma opção, mas deve ser a última escolha devido aos riscos envolvidos e aos resultados que nem sempre são alcançados de forma desejada.
Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
A Degeneração Macular Relacionada à idade (DMRI) é uma das 3 principais causas mais de cegueira no mundo que atinge principalmente a população acima dos 60 anos. É uma doença que acomete a retina em sua porção mais central, a mácula. A mácula é a região da retina com maior concentração de fotorreceptores (estruturas neuronais responsáveis captação da luz e formação da imagem em detalhes), é o centro da visão.A DMRI tem como principal fator de risco a idade avançada. Outros fatores importantes são: história familiar positiva, tabagismo e exposição solar. Ela pode se apresentar em duas formas: a DMRI seca e a exsudativa.
A forma seca é a mais comum, inicialmente formada por drusas na sua forma inicial, podendo evoluir para atrofia com comprometimento visual importante nos estágios avançados.
A forma úmida ou exsudativa ocorre pela formação/crescimento de uma membrana contendo vasos anormais na região da mácula que causam extravasamento de fluido, podendo ter também hemorragia associada, levando a uma diminuição rápida e progressiva da visão. Se não tratada precocemente, há formação de cicatriz e dano visual irreversível. Os sintomas e sinais são: embaçamento visual central, mancha escura no centro da visão, distorção da imagem chamada de metamorfopsia.
Os tratamentos são: Suplementação com vitaminas sob prescrição do seu oftalmologista, Terapia com injeção intravítrea de anti VEGF (Aflibercept, Ranibizumabe, Bevacizumabe, Brolucizumab) – usadas somente para tratamento da forma exsudativa.
Como opções temos Terapia fotodinâmica, fotocoagulação a laser e observação. A indicação do tratamento deve ser individualizada e discutida entre o médico oftalmologista especialista em retina e o paciente, de acordo com cada caso.
Descolamento de Vítreo Posterior
O vítreo é um gel transparente, composto por colágeno, acido hialurônico e água, que está em contato com a retina na maior parte da sua superfície, sendo mais aderente na região da mácula, nervo óptico, vasos sanguíneos e retina periférica. O vítreo sofre alterações na sua composição durante o envelhecimento e essas alterações favorecem a separação (descolamento) do vítreo da retina. A maioria dos descolamentos do vítreo ocorre naturalmente e sem danos à retina. No entanto, em alguns pacientes podem aparecem rasgaduras em pontos de maior adesão.
O sintoma mais prevalente é a percepção de estruturas flutuantes, designadas por "moscas volantes" (miodopsias) e flashes de luz (fotopsias). As opacidades vítreas podem ter a forma de pontos, linhas ou “teias de aranhas” flutuantes.
Retinopatia Diabética
A retinopatia diabética (RD) é uma doença que acomete os microvasos da retina, região localizada mais posterior no olho, responsável pela formação da imagem que será transmitida para o cérebro. A RD ocorre devido ao descontrole da glicemia em diabéticos e está relacionado ao tempo de diagnóstico da diabetes. Quanto mais tempo de diabetes, maior a chance de ter retinopatia diabética.
Os olhos e os rins são órgãos alvos lesionados pela glicemia descontrolada, dessa forma, deve ser realizado acompanhamento periódico do fundo do olho para diagnóstico precoce dessas alterações. A RD pode ser classificada em inicial, moderada, avançada e proliferativa a partir de alterações visualizadas nesse exame.
A forma proliferativa é a forma mais grave, onde já se torna possível visualizar neovasos crescendo na retina, podendo levar a proliferações, trações e descolamento de retina. Os neovasos são frágeis e crescem ao longo da retina em direção ao vítreo, podendo romper e liberar sangue, provocando o que chamamos hemorragia vítrea com diminuição importante da visão de forma súbita.
Se você é portador de Diabetes, tipo I ou tipo II, procure o seu oftalmologista e realize o exame oftalmológico regularmente.
Retina e Vítreo
Retina e vítreo são estruturas que compõem a parte posterior do olho.
O vítreo é uma substância gelatinosa que preenche a cavidade posterior do olho.
A retina é uma fina estrutura composta por diferentes camadas de células. Um tecido composto por neurônios responsáveis pela captação da luz e conversão em estímulo nervoso a ser interpretado no cérebro.
Essa é uma subespecialidade da oftalmologia. Os especialistas formados para cuidar das doenças que acometem a retina e o vítreo são chamados retinólogos.
As doenças que acometem a retina e o vítreo podem ter tratamento clínico ou cirúrgico.
Alguns exemplos são:
Vítreo: Hemorragia vítrea, moscas volantes, sínquise cintilante, hialose asteroide.
Retina: Retinopatia diabética, degeneração macular relacionada à idade, doenças hereditárias da retina, buraco macular, membrana epirretiniana, descolamento de retina, retinopatia da prematuridade.
A Clínica Cirúrgica Oftalmológica é referência em doenças da retina e vítreo. Para maiores informações agende uma consulta conosco.
Olho Seco
Olho seco é uma doença multifatorial da lágrima e da superfície ocular que resulta em instabilidade do filme lacrimal, sintomas de desconforto e alterações da visão. Sua prevalência varia de 5 a 50%, podendo alcançar 75% das pessoas de algumas regiões.
As principais causas de olho seco são a disfunção das glândulas de Meibomius (glândulas sebáceas palpebrais modificadas que contribuem com a porção lipídica da lágrima) e a deficiência de produção da porção aquosa da lágrima, causada ou não pela Síndrome de Sjögren (autoimune).
Isso leva à excessiva evaporação da lágrima ou à deficiência de sua produção, respectivamente, o que resulta em um aumento da osmolaridade da lágrima que, por sua vez, leva a inflamação e dano da superfície ocular.
As principais manifestações de olho seco são vermelhidão dos olhos (hiperemia), alterações e instabilidade da visão, ardor, dor e lacrimejamento, que, geralmente, pioram ao longo do dia.
Alguns fatores podem acentuar o olho seco como o uso de medicações (antialérgicos, diuréticos, betabloqueadores, psicotrópicos etc.) e cosméticos, o uso de lentes de contato, as condições do ambiente (umidade, ventilação), a profissão (esforço visual prolongado), o envelhecimento, as alterações hormonais e a história de cirurgias prévias. O diagnóstico de olho seco é baseado principalmente na história clínica e no exame oftalmológico do paciente. Mas também pode ser complementado por meio de questionários e exames mais específicos.
O manejo e o tratamento do olho seco envolvem desde mudanças do ambiente e do estilo de vida até o tratamento tópico (colírios), sistêmico (via oral), com luz pulsada ou cirúrgico.
Como o olho seco é uma situação crônica (prolongada) e que pode levar, em alguns casos, a graves danos da superfície ocular e da visão, o controle apropriado e regular com o oftalmologista é essencial.
Astigmatismo
O astigmatismo é um erro de refração que ocorre devido à irregularidade na superfície da córnea ou, mais raramente, à irregularidade no cristalino. O astigmatismo causa dificuldade para enxergar tanto para longe quanto para perto, e geralmente está associado à miopia ou à hipermetropia.
O astigmatismo pode ser secundário a uma doença chamada ceratocone.
Os sintomas da miopia são: visão embaçada para longe e perto, distorção da imagem, dores de cabeça, sensação de peso ao redor dos olhos, ardor e lacrimejamento.
O tratamento do astigmatismo pode ser feito por meio de óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa sempre com a indicação de um oftalmologista.
Buraco Macular ou Buraco de Mácula
A retina é composta por uma região central responsável pela visão chamada de mácula. Onde se encontram as células responsáveis pela absorção da luz e transformação em estímulo para o cérebro. O buraco macular acontece quando há a interrupção de todas as camadas da retina em um determinado ponto. O paciente tem a sensação de ter uma mancha acinzentada no centro da visão dificultando a sua visão tanto para longe quanto para a leitura. Em volta da mancha, o paciente pode apresentar boa visão.
O diagnóstico do quadro inicial geralmente acontece no exame oftalmológico de rotina, uma vez que a maioria das vezes o quadro é unilateral e a mancha é pequena.
A causa do buraco macular não está completamente estabelecida, mas há uma teoria bem aceita que aponta a importância de forças tracionais exercidas pelo vítreo (componente gelatinoso que preenche a cavidade posterior do olho) na interface vítreo-retiniana.
Os principais exames complementares solicitados para o diagnóstico e avaliação do buraco macular são: Retinografia, Angiofluoresceinograia e Tomografia de Coerência Óptica (OCT)de mácula.
O tratamento do buraco macular é cirúrgico e, se abordado precocemente e adequadamente, tem alto índice de sucesso.
Membrana Epirretiniana
A membrana epirretiniana é uma fina camada de tecido fibrocelular que se desenvolve na superfície interna da retina (na interface entre a retina e o vítreo), podendo causar irregularidades/ pregueamento nessa superfície, causando sintomas visuais como: distorções na imagem, abaulamento ou curvas em imagens retilíneas.
A membrana epirretiniana pode ocorrer secundária a quadros como inflamação ocular, trauma, cirurgia, retinopatia diabética e fotocoagulação a laser. Entretanto, na maioria das vezes, não identificamos a causa, sendo idiopáticas.
O tratamento, quando necessário, é cirúrgico por meio da vitrectomia via pars plana e remoção da membrana. A decisão sobre o procedimento é individualizada e necessita avaliação oftalmológica especializada. Ceratocone
O ceratocone é uma doença em que a córnea assume uma forma cônica, com abaulamento e afinamento progressivos, levando à diminuição da visão.
Acomete aproximadamente 1 a cada 2000 pessoas, sendo mais frequente em algumas populações. Tende a aparecer no final da infância ou na adolescência, mas o maior conhecimento e a melhoria dos métodos diagnósticos têm permitido o seu diagnóstico em diferentes faixas etárias.
A herança genética é complexa e heterogênea e vários genes parecem estar envolvidos. Aproximadamente 5 a 25% dos pacientes com ceratocone têm algum familiar com a doença. E fatores ambientais também influenciam no desenvolvimento e no aparecimento dessa doença, dentre eles a alergia ocular e o hábito de coçar os olhos.
O ceratocone é bilateral e geralmente assimétrico. É irreversível e frequentemente progressivo. Mas, embora não exista cura para essa doença, há tratamento eficaz para impedir sua progressão. Por isso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento apropriado são fundamentais para evitar a diminuição da visão.
As principais manifestações do ceratocone são distorções da visão, miopia e astigmatismo assimétrico, mudanças frequentes da refração (grau), má qualidade de visão com os óculos, intolerância às lentes de contato, queixas de distorção e ofuscamento com luzes, piora progressiva da visão.
Por isso, pacientes com essas manifestações devem procurar um oftalmologista para exame e investigação adequados. É muito importante não coçar os olhos, pois isso pode levar à progressão da doença. É necessário manter um acompanhamento oftalmológico adequado, uma vez que o ceratocone tem tendência à evolução.
Presbiopia
Por volta dos 40 anos de idade, é comum surgir uma dificuldade para enxergar nitidamente de perto, chamada de presbiopia e conhecida popularmente como “vista cansada”.
A presbiopia é uma condição natural e decorre da perda de elasticidade do cristalino, que é a lente natural do olho. Geralmente progride até por volta dos 60 anos de idade, quando se torna estável.
A dificuldade para perto pode ser melhorada com óculos, lentes de contato e cirurgias. O melhor tratamento é escolhido após a avaliação criteriosa do oftalmologista, de acordo com cada paciente.
Oclusão de Veia Central da Retina
A “oclusão” representa uma obstrução à passagem do sangue pela veia da retina. Ela pode acontecer na veia central da retina, vaso venoso principal da retina, ou em um ramo dessa veia, chamada de oclusão de ramo da veia central da retina. São entidades diferentes com extensão de acometimento e abordagem diferentes.
O sangue chega na retina pelas artérias e é drenado pelas veias. Quando a veia está obstruída e o sangue não consegue ser drenado, acontece um represamento e posterior extravasamento para as áreas adjacentes ao vaso, dentro do tecido retiniano, causando hemorragia, edema e exsudatos.
A interrupção do fluxo sanguíneo causa um sofrimento da retina por falta de oxigênio, o que chamamos de isquemia. Sendo assim, a visão diminui no quadro de obstrução venosa pela presença de edema, hemorragia e pela isquemia. As consequências dependem da extensão da área acometida.
A principal causa da obstrução venosa retiniana é a Hipertensão Arterial Sistêmica (pressão alta). Outras causas são: colesterol alto, distúrbios da coagulação, doenças inflamatórias, doenças cardíacas, tabagismo e diabetes. O tratamento da oclusão deve ser feito precocemente. É utilizado fotocoagulação a laser nas áreas isquêmicas e aplicação de medicação inravítrea para tratar o edema, como anti-VEGF e corticoide. Pode ser necessário abordagem cirúrgica em casos com complicações mais graves.
Miopia
A miopia é um erro de refração que faz com que a imagem seja formada na frente da retina. Ela causa dificuldade para enxergar objetos de longe, podendo apresentar boa visão para perto. A miopia pode ser do tipo axial, em que o comprimento ântero-posterior do olho é maior do que o normal (globo ocular mais longo) ou pode ser miopia devido a alteração da curvatura da córnea e/ou cristalino, nos olhos que apresentam essa curvatura mais acentuada.
Os sintomas da miopia são: visão embaçada para longe, dores de cabeça, sensação de peso ao redor dos olhos, ardor e lacrimejamento.
A miopia parece ser causada por fatores genéticos e ambientais, como baixa exposição à luz natural e esforço prolongado nas atividades de perto (leitura, computador, celulares etc.). Atualmente têm sido demonstrada a grande influência das telas na progressão da miopia. Geralmente aparece por volta de 8-10 anos de idade, tende a evoluir na adolescência e a estabilizar na fase adulta. Entretanto, a evolução pode variar em cada pessoa. O tratamento da miopia pode ser feito por meio de óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa sempre com a indicação de um oftalmologista.
Hipermetropia
A hipermetropia é um erro de refração que faz com que a imagem seja formada atrás da retina. A principal queixa é dificuldade na leitura e para enxergar objetos próximo ao rosto.
Os sintomas da hipermetropia são: visão embaçada, dores de cabeça e cansaço ocular, sensação de peso ao redor dos olhos, ardor e lacrimejamento. Alta hipermetropia pode ser causa de estrabismo.
A hipermetropia é comum em crianças devido ao menor comprimento axial do olho, mas a maioria delas não necessita de correção óptica devido à grande elasticidade do seu cristalino e à sua boa capacidade de acomodação para correção dessa hipermetropia. Com o crescimento ocular, a hipermetropia tende a diminuir e a maioria dessas pessoas não necessita de óculos na fase adulta.
O tratamento da hipermetropia pode ser feito por meio de óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa, sempre com o acompanhamento de um oftalmologista.